MÚSICAS

quinta-feira, 21 de julho de 2011

1. Chegada na Europa pro FIB, em Benicássim


Cheguei em Madri dia 13 de julho num calor fenomenal. Sai pra lá inverno! No avião conheci a Licia, italiana tranquila e doce, que pesquisava sobre economia de comunhão em Vargem Grande. Muito gente boa, me ajudou na chegada ao aeroporto emprestando seu note pra eu ver se tinha alguma resposta de reservas de hotéis que eu tava esperando. Ainda bem que ela já falava um pouco de português senão ia ser na mímica, xará...



Do aeroporto de Barajas fui diretamente pra Benicássim, sudeste da Espanha, perto de Valência, pra quatro dias de festival!

Era o FIB (Festival Internacional de Benicássim), que quase fui em 99 mas agora é que era a hora!



No caminho pra lá, toca trocar de busão duas vezes em meio a belas paisagens de oliveiras e da  geografia local, além de um balé bacana de cata-ventos!


VÍDEO


Quase dez da noite e o sol na fé


Cheguei em Benicássim quase meia noite. Noite gostosa e com bastante vento, fui pro Voramar Hotel, onde consegui reservar ao menos uma noite. Assim daria tempo de descansar e depois procurar outro lugar no dia seguinte.
Hotel bacanudo, me instalei e fui dar uma conhecida onde fiz minha reserva. Erá pé na areia! Pensa chegar duma viagem cansativa e logo depois estar de frente pra praia, num luar chocante e tranquilidade idem. Indescritível.

Olha o naipe do pico!


Dia Longo

Me confundi com o (con)fuso horário e perdi a hora de acordar. Levantei nove hs, um pouco mais tarde do que gostaria afinal tinha que me coçar pra descolar um outro lugar, nem que fosse de barraca no camping do FIB, que era de graça. Aluguei uma bike e fui procurar onde ficava o festival. Era longe, viu. Troquei meu ticket e dei um look nas condições pra acampar por lá mesmo. Tinha que ser rápido pois estava tendo uma invasão britânica no FIB e perigava eu ficar sem lugar pois um dos campings já estava lotado. Voltei então ao centro de Benicássim.

Barraca comprada num estabelecimento "chino", como eles dizem, me instalei num lugar até que legal, meio apertadaço mas com cobertura, no meio de várias outras barracas de gringos (bem, no caso gringo era eu). Ao relento pelo menos não fico...



Em primeiro plano, meu cafofo!



Função feita, penso em comer ou tomar algo pois o sol tava cruel. Daí que uma melancia pisca pra mim na barraca de frutas perto de onde me instalei. Não tive dúvidas. Deixei a mochila no chão e parei pra comer una bela duma sandia. Lambendo os dedos, pego a bike e vou pra praia. Mais relaxado, já instalado, mais feliz e refrescado. Mas também mais leve pq no meio do caminho percebi que esqueci a mochila na tia da melancia! Caraca!! Toca correr no meio da galera naquele vai-e-volta de ingleses tão rápido quanto o Lance Armstrong, num sprint final da Volta da França. Por sorte e acho que pela zona de gente montando barraca, ninguém levou a mochila que ficou lá "invisível"...ufa!

Daí foi engraçado. Na rua principal de Benicássim, onde rolam os barzinhos e pubs, tô indo pro locutório acessar a net e passo por três caras sentados num bar tomando breja, sendo que dois deles com camisa do Timão... Beleza. "Vai Corinthians!", foi o que eu disse e, lógico, me responderam o mesmo. Fiz o que precisava no locutório e volto passando pelo bar e pensando: "Pô, se os corintianos estiverem por lá, vou parar e tomar uma com eles só pra falar português". Dito e feito, não tive dúvidas e me sentei com os caras. O mais engraçado é que junto deles tinha mais um figura, lamentavelmente palmeirense, e que já esbarrei outras vezes por aí. Era o Lúcio Ribeiro que escreve o blog Popload, jornalista que eu sabia que estaria por lá pra cobrir o FIB e que eu até já tinha tentado um contato pra tentar descolar um lugar pra ficar. Por lá ficamos umas duas ou três rodadas de cañas falando sobre futebol, ingleses, comida e claro, música e festivais. Muito maneiro. E eu ainda tinha que voltar ao Voramar pra pegar minha mochila grande e devolver a bike. Zarpei meio zureta pro hotel depois mas beleza...

Chego no hotel quase oito da noite, mó sol, não resisti e fui matar saudades dos boquerónes da Espanha. De frente pro mar, no terraço do hotel, con un vaso de caña y una ración de boquerónes al vinagre, senti que a missão tava rolando bacana.

Putz, tive que pedir duas dessa...mto bom!


Satisfeito, fui na ideia de voltar de ônibus mas estava demorando muito e pedi um táxi no hotel. Toca esperar um tempão, com vários gringos, algum táxi disponível pois a cidade tava lotada. Daí que comecei a destravar o inglês, trocando ideia com um casal legal (a mina era a cara da Cate Blanchet...putz!).
Acabei dividindo o táxi com eles e o engraçado é que o Pedro, o taxista, viu a gente e se apavorou pois não sabia picas de inglês. Quando viu que eu falava espanhol ficou aliviadíssimo!

No FIB, já na barraca, fui tomar um banho e vi que não podia reclamar do SWU... Era um chuveiro coletivo tipo "open air" e com água fria pra galera jogar uma água. Embaçado porque tinha que tomar banho de sunga e tals, fazendo aquela cara de paisagem enquanto lavava as partes, manja...trash!




















O local dos shows é meio rolê da minha barraca mas dá pra ouvir a sonzeira ao longe. Nessa primeira noite de festival rola The Streets, que o Lúcio e a Cate Blachet recomendaram fortemente. Resolvi ficar na buena e nem ir pra arena, pra "mó" de me poupar pro resto dos dias.



Sexta-feira, 15 de julho.  Acordei tipo perú da Sadia quando tá assado. Descobri que o lugar que montei minha barraca era bom mas não pela manhã...Por outro lado é uma vantagem pois vc é obrigado a levantar cedo e assim aproveita mais o já longo dia. 
Outra coisa que observei é que só com o sleep bag e sem nenhum colchonete não ia rolar...tava fueda! Já comecei a pensar em voltar ao china e levar as famigeradas bóias coloridas de piscina pra usar de colchão. Td mundo tá fazendo isso e o china deve estar ficando rico. Por isso ele tá sempre rindo...


Com a missão de comprar uma câmera já completada e de boa no camping, resolvi ir pra praia e comer bem, algo que não fosse sanduíche de "jamón con queso". Perto da praia, lotado de gente nos bares e restaurantes.  Procurei um que não estivesse tão cheio e parei no La Herradura - Assador Argentino, que me pareceu bacana e tinha uma bandeira relacionada ao FIB. Acho que era só enganation pra atrair pois nem vi a relação...
Já pedi um frango assado assim de cara! E com batatas fritas pra ver qual era. De boa, escrevendo minhas anotações e esperando o frango, vejo uns caras entrando pra comer e entre eles um vestindo a camisa do Palmeiras. Não é que era o palmeirense do Lúcio Ribeiro de novo e os amigos dele com quem eu havia tomado cerveja no dia anterior! Mó engraçado! Reforçamos os pedidos, me arrependi de não ter pedido batatas bravas (que tinha um molho de alho sensacional) e mandamos uma jarra de sangria. De lá fomos pra praia dar um tchibum e ouvir o que rolava de som num caminhão da Red Bull estacionado em frente ao mar e que tinha uma programação de bandas locais. Enquanto o Lúcio foi tentar vender uns ingressos disponíveis, dei um mergulho com o Bruno, que escreve sobre celebridades, mas tava de férias por aqui. Os outros dois brothers que conheci eram o corinthiano Marcelo e o mineiro de Varginha Felipe, que estuda em Stuttgart.  Ficamos mais algum tempo por lá e depois voltei pro camping de busão com o Felipe, que ia se mudar de lá pra ficar junto com o Lúcio em Castellón, cidade ao lado de Benicássim.


Tomei meu banho "open shower" e combinei de encontrar com o Felipe num tal horário, perto da tia da melancia, pra gente ir pros shows. Sei lá se ele esqueceu ou pintou algum lance mas fiquei esperando um tempo e nada do mineiro. Voltei então pra barraca e conheci um casal de vizinhos da direita que puxaram conversa falando da minha camisa do Ronaaaaaaldo. 

Ingleses, lógico, foram bem legais e me ofereceram uma das suas três bóias coloridas de piscina...Fala a real vai, ISSO é total "O Segredo"! E seguem minhas aulas de inglês...











































Cenas do camping:











































De lá fui pra arena na ideia de ver o set do James Murphy. Também ia rolar Strokes (eu não tava mto empolgado) e Friendly Fires, que eu tava curioso de ver. Tentei achar o palco onde ia rolar o Undertones, que os caras disseram  que iriam ver. O local era tão grande que tava embaçado de sacar a logística de palcos e tals. No fim nem encontrei ninguém. Acabei ficando no show do The Stranglers (que achei bem chato) antes de curtir um pouco o líder do LCD.




Sábado, 16 de julho. De manhã uma preocupação básica além da barraca microondas. Como e quando voltar pra Madri depois do FIB? Tinha que resolver e já estava atrasado nisso...(tem que ver essas coisas quando chega, mané!)
Engraçado que em frente à minha barraca, pela manhã e devido à sombra que se formava ao lado da parede do bar, ficava um mar de gente dormindo e fugindo dos fornos que se tornavam suas barracas.

Na estação de trem de Benicássim, comprei passagem pra Madri pra dia 19 (o FIB acabava dia 18), às 7:30 da matina e saindo de Castellón...vixi! Era a única possibilidade. O camping tava programado pra fechar às 14 hs do dia 18...sei lá o que eu ia fazer...


Fui pro centro, usar a net (sempre com muuuita fila) e tentar achar um lugar bom pra carregar baterias de câmera e celular. Acabei entrando num pub que parecia animado. Putz, que pub bom! O nome era Donegal e só rolava Pulp, Suede, Arctic Monkeys, Kaiser Chiefs, etc...várias bandas que curto com som a milhão e ar condicionado! Ótimo lugar pra carregar baterias!! E uma inglesada muito lôca por lá, já calibrando pros shows de mais tarde. Tinha um maluco completamente pelado e vestindo um cinto com um vibrador...só! Quando ele resolveu arrancar o extintor da parede pra brincar, pensei: "vai dar merda" e resolvi terminar minha carga no pico da frente (Tropical Surf), mais tranquilo e com DVD de surf rolando.


Inglês maluco com a bunda de fora


Tropical Surf, beeeem mais sussa


De volta pro camping, fui pra arena um pouco  mais cedo. Cheguei pouco depois das sete com algumas bandas já tocando. Meus targets: Arctic Monkeys e Primal Scream, no mesmo palco Maravillas. 







Me enfiei lá no meio, perto do palco como eu gosto e tive que passar pelo show do Mumford and Sons, que fazia um show bem recebido pela galera. Eles tem um som com influências de música celta e que eu conhecia apenas uma música. Curti muito não...
Logo a seguir, show dos macacos do Ártico, sempre preciso e empolgante. Acho classe! Músicas do disco novo e hits mais antigos, num set list que me ficou devendo algumas...mas blz, pelo menos não tomei um tapa na cara de alguma garota maluca como aconteceu em Curitiba.


Só durei lá na frente umas quatro músicas pq a muvuca tava demais e o empurra-empurra insuportável e perigoso, com uma galera escocesa, metida a hooligan do meu lado...

Terminado o show, vem o Primal Scream com o Screamadelica completando 20 anos. Show total psicodélico, com músicas que me lembram uma época muito legal. Muito bom!









VÍDEO

Acabado o show, eu tava só a capa do batman, mas ainda fiquei na tenda eletrônica mais uma horinha antes de voltar pro camping e "manjar" um spaghetti a carbonara no bar do lado do meu cafofo.

Domingo, 17 de julho.  Último dia do FIB. Acordo expulso pelo calor outra vez e me instalo na grande sombra na frente da minha barraca com a multidão e umas garotas que conheci de Natal. Eu na minha bóia colorida de piscina...
Depois praia e parada no Torreón, pico que era sempre o mais lotado perto da praia mas tava bem sussa naquela hora. Entrei nele mais pelo som lounge bem bom que rolava do que outra coisa e acabei acertando pois encontrei uma sangria de Cava delícia e boquerónes fantásticos!

Óia o tamanho da formiga espanhola!

Boquerónes

De volta ao camping, uma ventania assolava tudo. A coisa ficou meio tensa mesmo...Fui pra arena lá pelas dez e meia pra pegar o Portishead. Beth Gibbons arrepia de tão melancólica e linda que é... Que show! 


VÍDEO




No fim tava tão cansado (afinal 4 dias é maratona forte) que pensei em desistir do Arcade Fire por um momento mas fiquei até o fim, debaixo daquela lua lindona e uma vibe fantástica! Pra finalizar, passei no Silent Disco de uma tenda, onde a galera entra com fones de ouvido, escolhendo o tipo de som que quer dancar...Interessante até, mas achei que o volume dos fones poderia ser mais alto.




Segunda-feira, 18 de julho. Manhã seguinte, arrumei as coisas na boa pois tava nublado e nem fiquei pingando dentro da barraca. Baterias carregadas junto com uma "Joss Stone cover" linda e um casal de brasucas de Fortaleza, além de outro cara de Sampa que ia estudar cinema e fotografia em Paris.

Hakuna Matata
O lance legal de viajar e escapar da rotina é que um dia pode ser diferente ou beeeem diferente do outro ou do que vc esperava. 
Tô saindo do estacionamento do FIB, pra ver se de repente não rolava uma caronita fortuita, então vejo uns caras puxando um bote cheio de bagagens. Tinha até uma melancia junto. 

Amarraram umas cordas junto a um guarda sol puxando o bote no maior esforço. Então me chamaram e me perguntaram se eu nao queria embarcar minhas coisas também e ajudá-los na função. Eram ingleses de Manchester, dois caras e uma garota e embarquei na ideia, afinal minha mochila tava pesadona e eu não tinha lugar certo pra ficar. Susie falava alguma coisa em espanhol e naquelas de misturar com inglês fomos nos entendendo. Tolley, todo tatuado e inquieto, com seu amigo Adam, que era parecido com o Noel Galagher, me ofereceram cerveja quente enquanto conversávamos e esperávamos um improvável táxi perto da estrada, que pelo jeito ia demorar. Expliquei pra eles que não tinha lugar pra ficar e me sugeriram passar a noite com eles na praia mesmo. Achei uma ideia meio doida mas atraente.


 Nisso de perguntar sobre táxis, um cara que passava aproveitou e ofereceu seu carro como táxi. Beleza! 

Ia ser trash arrastar o bote até a praia debaixo daquele solzão...




 
Acabamos então chegando na praia, num pedaço onde eu só havia passado perto e que era bem mais bacana que a parte do hotel Voramar, com umas enseadas com pedras ao invés de areia (peguei até uma pedra legal de lembrança...especial!)


E olha o nome do pico: Bota Vara!























Que nome do cacete!



Foi muito comédia pois tinha tanta bagagem pra descer pra praia que ia ficar complicado pra gente não fosse um carrinho de supermercado que eles descolaram sei lá de onde pra fazer a função. Daí, simplesmente montaram uma barraca pra 5 pessoas que eles tinham e nos instalamos entre uma mansão e o começo da areia/pedras da praia. Acampados de frente pro mar, desisti então completamente de procurar algum lugar convencional pra passar a noite...







Noel Gallagher and Susie & The Banches...


Depois que chegaram Susie e Adam, foi minha vez e do Tolley de sairmos pra comer. Eu tinha que ficar esperto pois meu trem pra Madri era às 7:30 da manhã do dia seguinte, entonces...
Levei o Tolley pro pub que curti e fiquei surpreso quando chegamos lá e estava passando o VT de Brasil X Paraguai, pelas quartas de final da Copa América. Achei ideal pois eu não sabia quanto tinha sido o jogo e fiquei lá curtindo com vários brindes em várias línguas (o doido do Tolley queria brindar com a palavra correspondente à origem da cerveja que a gente tomava) em alto e bom som!

Naquela  noite, além das atendentes normais havia uma loira espetacular chamada Sandra que com certeza foi a  mais gata que vi até aquele momento. Filmei então o  Tolley na maior cara de pau pedindo 2 brejas pra gente, com o braço estendido na frente da atendente mais gata que já vi (é, realmente era…) mostrando um texto em espanhol que ele pediu que eu escrevesse no meio das suas tatuagens no seu braço esquerdo…Melhor nem traduzir…hahaha


VÍDEO

O cara falava sem parar, completamente inquieto, alegre e com bom coração, tinha o dom de se comunicar em “espanhês” misturado ainda com francês e conseguindo se fazer entender, sempre dizendo "mui bueno, mui bueno...". Uma das histórias que me contou foi que tinha sido assaltado em Alicante uma semana antes por três caras e depois disso ainda conheceu uns mendigos e passou a noite com eles enchendo a cara  e rindo da situação, sem maiores preocupações. 

Hakuna Matata total! Figuraça!


  
Quando o jogo do Brasil foi pros penalties, alguém acabou me contando que tínhamos dançado perdendo SÓ as quarto cobranças…Até foi bom saber antes de ficar torcendo no VT pois poupei meus nervos afinal. Brincadeira isso! Pelo menos meus primos paraguaios ficaram felizes…

Enquanto bebíamos, o Tolley xavecava algumas inglesas e eu treinava meu inglês, as horas iam passando e o pub fechando. Quase os últimos a sair, ainda colamos numa pizzaria no caminho pra comer.

Time de garçonetes do Donegal
 
Fim das contas, chegamos na barraca lá na praia umas cinco e eu com apenas 1 horinha pra pelo menos descansar um pouco. Alarme do celu engatilhado e fechei o olho pra uma sonequita no meu sleep bag que tive a boa ideia de não deixar no FIB junto com minha barraca. Tudo beleza. Noite lindona, diversão e dormindo num hotel de milhões de estrelas em frente ao mar com passagem pra Madri na mochila. Pena que o celular me deu um chapéu e não tocou pois tava sem memória até pro alarme…Acabei acordando oito e meia e assim perdi meu trem. Fiquei um pouco preocupado mas tudo bem. Afinal, Hakuna Matata! E Susie dizia: “Fab, are you worry?? Don’t worry…No passa nada”. E eu cantava “Com certeza…every little thing gonna be alright!” E deu mesmo pois consegui comprar outro bilhete que sairia às cinco e meia da tarde e, melhor ainda, de Benicássim e não mais de Castellón como o primeiro. Fiquei mais tranquilo.

Imunidade Diplomática
Voltando pra barraca, encontro Tolley, lógico, conversando com alguém. Era um cara da Venezuela e que morava há tempos na Espanha, chamado Luis Henrique. Acabei servindo de intérprete pros ingleses numa situação que só foi ficando cada vez mais doida. O Venezuela contava vááárias histórias sobre sua vida, seu poder mental de telecinese e seu trabalho nas plataformas de petroleo em alto mar! Ou o cara era o maior 171 ou o James Bond, pois disse que tinha imunidade diplomática e até um chip de localização implantado na pele. Isso sem contar que me disse que tinha o poder de mudar o clima se quisesse…Então tá…







Tolley apavorando as espanholas

Fiquei meio ressabiado e dei meu último tchibum sempre de olho no cara e se ele não se metia dentro da nossa barraca. Sei que no final, depois de vê-lo ensinando noções de artes marciais pro Tolley e escolhendo uma de suas tatuagens pra ele fazer, ainda combinaram dos ingleses ficarem num bangalô que ele disse que tinha mas que tava meio sujo e precisava duma limpeza pra poder usar. Ofereceu de boa e nem ia cobrar nada por isso, sugerindo até que em outros FIB’s eu poderia contactá-lo e usar à vontade…Será??

Depois de cenas surreais, historinhas do Venezuela e palhaçadas do Tolley, me despedi da Susie e fui com os caras pro centro onde peguei um táxi pra estação de Benicássim.



PS: Susie, Tolley and Adam,  thanks for the company! It was very, very funny and cool meet you at FIB (or in the end of it...). Send this link to Tolley cause I didn't find him in FB...
Hugs!

Madri Parakalo
Cheguei em Madri, Estação Atocha lindona, perto das oito da noite com solzão ainda. Meu primo Jorge, parceiro de outras viagens, sempre atencioso e total brother, me esperava na saída e fomos voltando pra casa dele conversando no metrô de Madri.
Era deixar minhas coisas no apê dele, tomar um banho e sair pra umas cañas na única noite que eu ficaria em Madri. Conheci então a Karen, esposa paraguaia do Jorge, e que já deu um belo trato no apartamento dele…tá bem mais aconchegante. Nada como um toque feminino! 


Saímos pro centro onde encontramos o amigo italiano do meu primo, Vito e sua namorada.
Fomos a um Mercado central, espécie de delicatessen, e depois ao Tablao Vila Rosa, lugar tradicional, antiga discoteca frequentada por Franco e Greta Garbo, onde assistimos um show de flamenco. Foi um rolê bem legal, conhecendo um garçom de Cabo Verde chamado Pedro e falando bastante sobre o Brasil pro Vito que quer tentar a vida em Natal.



VÍDEO

VÍDEO



Depois de boquerónes (só tinham fritos…) e algumas sangrias, voltamos pra casa do Jorge, onde fiquei arrumando minhas bagunças até umas 4 da manhã. 












Dia seguinte, táxi pra Barajas onde encontrei o Rubão, o Paulo e o Caio pra pegar o voo pra Praga. 










2 comentários:

  1. Pô primo que viagem legal hein!! Muitas aventuras, gente nova, muito zen nada na cabeça!! só falta eu !! hehehe
    Quero saber de Praga!! não demore!
    Bjos a todos e boas aventuras!! Dani prima

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  2. Putz, Dani, ainda temos que fazer um rolê, nem que seja caseiro! Já postei até Budapeste (Praga inclusive). Dá uma olhada e vc acha...

    Bjos e mordidas no pescoço!!

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