MÚSICAS

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

5. Semifinal


Chegando em Toyota...

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12 de dezembro, primeiro jogo. Chegamos em Toyota pra assistir o jogo da semifinal logo mais à noite. Nós e mais uma renca de corinthianos...invasão mesmo! Nervosismo master!! Se não passasse pra final, já viu né... Estaria cheio de "antis" comemorando que nem o Kidiaba!




Kit do Nakata pra dar sorte


Ficamos no Hotel Route Inn, de onde dava pra ir a pé pro estádio. Inicialmente eu não tinha reserva. "Pra quê? Viagem pra Kyoto de manhã cedo depois de uma vitória arrasadora do Timão, nem vou dormir!". Foi o que pensei, cara otimista que sou...
Afinal iríamos pegar o todo-poderoso-e-arenoso Al-Ahly, time do Egito onde joga o veterano Aboutrika, que pela experiência, poderia surpreender.



E numa temperatura de 6 graus no celular (mas zero na minha orelha), fomos sentindo o frio e entrando no clima do jogo!


Ruas numeradas. Bem mais fácil de decorar...
Timão vai atropelar!!

Avistando o Toyota Stadium...
...ou seria...

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...o Pacaembú Stadium??























quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

4. A caminho de Toyota


A Família Nakata chega no fim da tarde ao hotel. Nem dormi. Mas tomei um belo dum banho no apertado banheiro do quarto. Aliás, os banheiros dos hotéis onde ficamos conseguiram ser menores que o da minha casa! E ainda tinham banheira!!

Privada japonesa eletrônica: esguicho com mira a laser
 acerta seu rabicó em cheio!! Taquipariu...


À noite, fomos conferir um pub na esquina da rua do hotel.

Marcelo, provando que nem tudo é
pequeno no Japão, pediu uma super "biro"...


























...já que não entendia picas do cardápio.



























Antes, ainda passamos num pico "macabraço" no caminho...As redondezas eram muito boas!




E aí, começou: Lost in Translation, chapter one! No primeiro lugar onde paramos pra experimentar os nossos primeiros pratos japoneses legítimos fora da Liberdade, Tomoya, um aplicado garçom japonês, começou a nos mostrar porque cardápio japonês tem que ter foto.

Pedi tipo um rolinho primavera (na foto, era igualzinho!) e acabou vindo um omelete. Bom pra chuchu! Mas eu queria um rolinho, pô...



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E vamos pra Toyota!

12 de dezembro, dia do primeiro jogo do Corinthians. Bem cedo, pegamos metrô e depois trem pra Nagoya, a 260 km de Tokyo.


Seu Nakata e família!









Mas não era um trenzinho qualquer. Vamos de Shinkansen, o famigerado trem-bala japoronga...

Shinkansen: perto de 300 km/h


Bando de loucos batendo um truco. No Japão, quem não era japonês, era corinthiano.









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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um dia triste, especial e alegre!


Agora, peço licença na saga japonesa pra falar sobre um dia especial...


Um dia que começou triste e tenso mas foi se tornando tão especial que terminou alegre!

O dia que meu pai ficou mais brilhante ainda e alcançou o plano espiritual.

Foi quase um ano lutando contra o câncer... E que palavra pesada. Tão pesada que nem dá vontade de escrever! Mas foi isso mesmo. Foi essa a escapatória da vida escolhida pelo meu pai lá atrás, lá em cima, lá no outro plano. E ninguém sabia de nada. Desconfiava, mas torcia pra não ser isso.

Até que depois de 11 cansativos meses entre tratamentos, desconfianças, muita esperança e muita preocupação também com a saúde da minha irmã "gêmea" Valéria, meu pai sentiu-se mal, fraquinho que estava já, parou de falar e foi internado pela última vez. Na demora da ambulância, a providência Divina nos trouxe um amigo, um irmão, um anjo que se incumbiu de carregá-lo escada abaixo até o carro, vibrando energias que pudessem fortalecê-lo até chegar ao hospital.
É, com certeza o Cacá foi enviado pra nos ajudar...

E então nossa vigília se iniciou. A nossa preparação. Pra que pudéssemos tirar conclusões, fazer indagações, compreender e...orar. Cinco dias de preces e pedidos. Esperança não há. Só a espera.

E o amor.

Mama y Cristi


"Gracias a la vida, gracias a la vida!"

Era o que minha mãe dizia pro meu pai nos dias de cuidado intenso, maternal, ao lado dele. Dona Glória, guerreira que é, esteve sempre lá preparando o ovinho de codorna que eles dividiriam pois operados do estômago comem muito menos. Até vir a coriza e espirrar. E meu pai se solidarizou com minha mãe mais uma vez e espirrou junto.

Sempre juntos! Misturados a se confundirem com apenas um só.

Loira e Benzão...Benzão e Loira.

E vieram mais anjos pra nos ajudar. Si, como no... Angeles del Paraguay! Primos queridos de minha mãe que sempre estão conosco desfrutando à beira-mar, dessa vez vieram pra nos amparar. Que astuta movimentação de peças nesse tabuleiro de xadrez! Que cuidado com essa família!

E o amor vai crescendo...

O Fê sugere convocar um padre muito bom homem pra orar. Era dia 7. Pela manhã, no quarto 727, formamos uma meia-lua em volta do meu pai. Conectados também a uma estrelinha chamada Valéria, aguardando alta em outro hospital, devidamente poupada dos principais momentos de fraqueza dele. Palavras lindas que o Padre Augusto proferiu ilustraram o momento. O que meu pai semeou durante toda a vida e aquela safra incalculável que frutificou com tanto amor em volta dele.

O amor cresce um pouquinho mais.

Missão católica completa. Era dia 7. À tarde, no mesmo "voo" 727, um Elo de Luz novamente se formou pra completar a preparação. Deu-se início à sessão espírita agora, com o Jú, Cacá e...eu! Pasmem...eu! Por que eu? Não sei. E não sabia até me ser dito que eu não estava ali por acaso...ninguém está! E então eu entendi.

"Ele está bem, está tranquilo. Tá estranhando um pouco essa situação de estar meio preso na cama e meio solto no ar... Mas se preocupa muito com sua mãe. Diz um nome que não é da sua mãe...o que é? Mas é, é sim! Loira, loira...será que ela vai aguentar?". Foi o que nos revelou uma entidade visualizando meu pai que depois esteve de mãos dadas entre eu e meu irmão, fazendo aumentar novamente o amor, nos tranquilizando e nos preparando ainda mais.

Noite. Madrugada. As enfermeiras tentam passar medicação em vão. Não conseguem pois a veia tá difícil. Meu irmão tenta ajudar mas chega até seu limite e desce pra tomar uma coca! É glicose na veia dele...pra respirar...pra se poupar talvez...Enquanto isso, não durmo mais. Estou semi-acordado com tanto barulho deles. Tento ouvir entre a conversa das enfermeiras mas não ouço o que eu queria ouvir que era meu pai continuar sua respiração espaçada, rala, mas ainda com apego à vida terrena. A enfermeira sai e o silêncio continua. Procuro ouvir ainda de olhos fechados mas não ouço mais nada. Não quero levantar. Mas não vou voltar a dormir. Não dá mais. Ele está trocado e agora virado pro outro lado. Eu tenho dor nas costas e estou surdo pois não ouço nada! Nada que eu queria ouvir...


E então me mostraram! Foi rápido e não foi sonho, tenho certeza disso. Um insight. Uma visão de onde estava meu pai agora, com um vento soprando, flutuando com mais alguém num poderoso cenário de uma aurora, com raios de sol ofuscantes e lindos...Vanilla Sky total!!

Só lembrei disso depois. Depois de levantar e ficar ao lado da cama procurando algum sinal que, na verdade, eu sabia que não viria. Não era mais preciso que viesse, afinal. A passagem foi feita! E as enfermeiras sumiram!!

Rezei um Pai Nosso e uma Ave Maria pra ele naquele momento, esperando alguém perceber o sinal de chamado de emergência e atestar o que eu já sabia. A missão do meu pai foi mais que bem cumprida. Foi dignificada!

Nisso, o amor se fortaleceu mais ainda.

Um supervisor aparece pra medir uma pressão imensurável... Atesta e dá fé. Na minha fé, acredito. Mas minha visão anterior já tinha me dito.

"Jú, o pai foi jogar pôker com o Tio Carlito!", disse pro meu irmão pelo celular. Eu não queria assustá-lo então folclorizei. Afinal, como meu grande amigo Jorge sempre diz, o importante na vida é o folclore! E agora a mesa de pôker lá em cima tá maior e com uma presença ilustre!

Daí em diante, eu e meu irmão, fizemos em dois o que meu pai fez inúmeras vezes sozinho. Quantos amigos e parentes que ele ajudou a preparar a despedida de cabo a rabo! Do primeiro contato com o serviço funerário, passando pelo velório até o encerramento de todo ritual, já no jazigo da família. Isso incrementou ainda mais nossa admiração e a nossa responsabilidade naquela hora. Era imprescindível dignificar meu pai, que se mostrou tão digno com tantas pessoas. Não podíamos falhar. Minha mãe, intuída na sua imensa sabedoria, já havia me confidenciado que ele partiria pela manhã pra que não houvesse velório à noite...

E ao longo do dia, fomos percebendo que aprendemos direitinho todas as lições dele. E só encontramos pessoas boas a partir dessas primeiras horas do dia 8. Pessoas que nos ajudaram durante todo o dia e que talvez tenham sido escolhidas a dedo pelo enxadrista-mor.
Certeza que não é talvez!

Desde o agente André Luiz (este, evangélico), passando pelo motorista Ayrton Senna até a Alzira, amiga da Dri que soprou o local da cerimônia, tudo funcionou tão bem, tão minuciosamente orquestrado que a minha impressão foi que o tempo voou.

E o amor já era tão grande em Itapecerica da Serra que tudo mais ficou leve... Quem pôde vir foi chegando e se aconchegando naquela vibração suave e tranquila que meu pai sempre teve. Não podia ser diferente. Assim era ele. Assim ele é!

E veio a cerimônia de despedida. A primeira cerimônia de corpo "ausente" que o crematório viu. Minha mãe não conseguiria. Ela é medrosa. Linda, forte e medrosa. Que bom!

Então aí, o AMOR explode!! Explode numa chuva torrencial tanto dentro quanto fora da Igreja. Você sente no ar! Em cada palavra do sermão "superpoderoso" do Reverendo Edilson, outro bom homem, naquela cerimônia tão especial. Em cada palavra do poema citado por ele e que minha irmã cantarolava dois dias antes. Em cada pilar que o Ricardo citava como sendo os alicerces da integridade do meu pai. Em cada virtude descrita pelas pessoas quando provocadas pelo meu irmão a dizerem uma e apenas uma palavra que o descrevesse. Em cada olhar, em cada lágrima de amor... e em cada verso da canção mais bonita que minha mãe, firme e incrivelmente forte, puxou pra homenageá-lo: Carinhoso

Foi um dia inesquecível.

A prova cabal de como o amor é importante e como é importante o poder transformador do amor!

Tão simples. Tão fácil. Só amor em volta desse nome, agora muito mais forte pra mim, Dr. Helder de Castro Paiva...



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

3. Tokyo Road

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Depois de onze horas de voo sendo atendido por comissários italianos e japoneses (já tava imaginando o Di Matteo servindo o almoço...), aterrissei no aeroporto de Narita - um Cumbica japonês - pra pegar o trem pra Tokyo. De várias possibilidades, optei pelo Keisei Skyliner que era uma linha expressa de 40 minutos direta pra Ueno Station, estação bem perto do Hotel Grand Coco Ueno onde tínhamos reserva.


Imagina isso no Rio Pinheiros? Não...

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E no horizonte, lá estava o Mr. Fuji outra vez!


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Saindo da Ueno Station, oito da manhã, frio pra caramba, dei de cara com um dia lindão e, lógico, um monte de olhos puxados indo trabalhar! Com outdoors pra todo lado, ideogramas e gente mascarada, pensei comigo mesmo que dessa vez tinha ido longe demais...e que sensação boa!


Uia, pipoca colorida!


Hotel Coco Grand Ueno


Na recepção, Kindaichi me ensinou a falar "Bom dia" em japonês. Só não consegui decorar...
Mas no final me inclinava e beleza!


Sempre quis conhecer a Austrália. O Japão, ali "perto", nunca havia pensado. Mas assim que cheguei, e durante todo o tempo da nossa estadia, tive a sensação de dar um pulo no futuro! É estranho pois vc está vivendo um dia na frente, mas na real são anos à frente...

Tudo parece funcionar tão bem, desde a incrível pontualidade de trens e metrôs até o trânsito de carros e bicicletas, numa harmoniosa convivência sem stress nem acidentes. É difícil ouvir buzinas nas ruas!
E a aura cosmopolita tá lá, com toda - e também com a última - tecnologia a seu dispor.

Imagina o trampo de implantar a lei Cidade Limpa por aqui


Ueno Zoo

Meu check in era a partir das 14 hs então fui conhecer o Parque Ueno, bem em frente ao hotel. Esse parque é um dos mais procurados pelos japoneses na primavera quando acontece o Hanami, que é o ritual de "admirar as cerejeiras em flor" do parque. Também tem outras atrações como o Museu Nacional e um dos zoológicos da cidade, onde fiquei até a hora de entrar no hotel.







Se está assim no outono, imagina na primavera



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Se liga no tamanho do bicho...

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Um baobá!?!



Corvo japonês: dentro e fora do parque




Crianças japonesas: lindinhas!











Se liga no tamanho do bicho(2)...

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