MÚSICAS

domingo, 12 de janeiro de 2014

Pomba Gira


Achei que sim, só que não,
Não é completamente fácil...

Tem seus caprichos
E me é intrigante
Quando sufoca sua dor
Numa só lágrima flutuante

E eu  que desperto
uma hora antes do que é certo

Também sou bicho

De 7 cabeças
Com 7 histórias
Pra sempre guardadas
Em minha memória. 

Que resgato porém
Até certo ponto
Na medida exata
E isso eu não conto

Mas conto da calma 
Que a irrita na alma
E das doces migalhas
Que assim me metralha

Com questionamentos
Que em muitos momentos
Adentra o colóquio 
Qdo pergunto "pinóquio"?

E nesse contexto
Minhas teses desabam
Pra onde vão os sonhos 
Que então não acabam?

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SS13


A preparação




Me inscrevi
em novembro mas comecei a treinar mesmo na virada pra dezembro. Primeiro fui atrás de  colher informações sobre a prova com gente que já tinha participado antes. Acabei esbarrando  em alguns amigos por acaso (o universo conspira, não?) e que me passaram dicas preciosas. Vi então que não devia ser a "moleza" que eu tava pensado. Até fazer meu primeiro treino longo (mais de 5 Km) demorou um pouco... Mas, como eu mesmo disse, Silvestre estava longe! Com paciência, menos esbórnia e alguma disciplina alimentar, cheguei nos 9 Km e depois 11,5 Km em parques, ao redor do bairro e na esteira. Ganhei confiança e algumas dores incômodas, inclusive pq estive correndo com um tênis inadequado no começo. O Teste da Pisada era uma das dicas preciosas a qual me referi. Comprar o tênis correto fez toda a diferença (no meu bolso também). Quando chegou na véspera de Natal e corri 12 Km direto na esteira pensei: "Tá bom! No dia da prova corro 12 e ando 3, de boa...". Me pareceu uma ótima estratégia, apesar das dores que tive nas horas seguintes (cheguei mancando na ceia de Natal)

Até esse dia, eu nem estava certo de que completaria a São Silvestre. E o bolão que bolei então poderia virar um  mico. Acho que por isso que nem o divulguei com tanta força. Aliás, mais de uma pessoa me falou depois que achava que o bolão não era sério! Pô, como assim?? Sou um cara sério...

Resolvi me recuperar bem e só correr mais longamente mesmo no dia 31, na corrida. Me propus então a fazer o seu percurso nos últimos dias, só andando. Mas antes disso fui assistir o filme  São Silvestre, lançado nos cinemas quatro dias antes da virada de ano.
Minha impressão: nunca saí tão cansado de uma sessão de cinema!

O "filme-documentário" de Lina Chamie é bem interessante e mostra sob vários pontos de vista, usando diversas câmeras, a Corrida de São Silvestre. Utiliza, inclusive, uma câmera que mostra o ator Fernando Alves Pinto e suas reações durante a corrida. Não há diálogos nem roteiro. Apenas o barulho das passadas e da respiração do corredor dentro da atmosfera que envolve a corrida de rua mais tradicional do Brasil. Destaque pra trilha sonora (Gustav Mahler, Richard Wagner, Camille Saint-Saens, Jean Sibilius, Alexander Scriabin) que compõe um belo panorama com imagens emblemáticas da cidade de São Paulo, como o Teatro Municipal (trilha com música erudita) e o estádio do Pacaembú (trilha da narração de um gol do Santos). Pra mim foi um filme bastante emocionante uma vez que eu estava inscrito pra participar da corrida e saí da sessão de cinema um pouco cansado e preocupado com os 15 Km que iria ter que encarar.

Pelo menos desisti de fazer o percurso pois no filme pude ter uma boa ideia dele...



Dia da corrida

Na noite anterior à corrida, fritei na cama. Calor demais, ansiedade e pensamentos demais, sono nenhum. Cinco e meia da manhã já estava na casa do Fábio pra dividir um táxi pra Paulista com ele e mais um outro amigo.

Fábio e Ricardo, da Equipe Capota Mas Não Breca!

Trocando dicas com o mascote da Copa









Depois de umas fotos com "celebridades" fantasiadas, nos preparamos junto à multidão esperando dar 9 horas.




Diferente do Fábio e do Ricardo que preferiram ficar em pé quase uma hora e meia na muvuca, fiquei mais pra trás, sentado do lado do Masp e ouvindo mais algumas dicas com os corredores. Nove em ponto parti, junto com milhares de pessoas, pra entrar na história! Na minha história.

Com o tanque cheio de música boa nos fones de ouvido, entrei no túnel no fim da Paulista me sentindo o Forrest Gump, com a galera vibrando e arrepiando a gente.



A energia que senti na hora foi indescritível!


Logo depois, saindo da Avenida Dr. Arnaldo, fui ultrapassado por um índio, que corria com um chocalho, cocar e descalço! Aquilo não podia ser real. Foi surreal e muito engraçado. Pelo menos ele não precisou fazer o Teste da Pisada pra comprar um tênis adequado...tá certo ele.

Corri bem os primeiros 5 Km e só fui sentir um pouco mesmo (principalmente mal estar de calor) quase chegando aos 10 K. Logo depois, parei num dos pontos de Gatorade como se fosse a última vitamina de força num vídeo game! Reanimator total!! Andei a partir daí pra me recompor um pouco e ter forças pra terminar os útlimos 5 K.

Pensei bastante em ajuda divina e cada rajada de vento era, pra mim, abençoada. O mais louco foi quando mentalizei minha irmã com meu paizão e recebi de presente logo em seguida, um saquinho salvador de Gatorade das mãos de um corredor...de bigode.

Tão concentrado fiquei pra não desistir que nem reparava no cenário de ruas e avenidas. Marcações de kilometragem também passaram batidas e quis chorar quando vi a indicação de Km 9 esperando que fosse o Km 11...

Voltei a correr até chegar na cruel e impiedosa subida da Brigadeiro, a famosa. Sempre pensei que era do outro lado da Paulista que subia, nem sei porque. Mas o fato era que o desafio nesse ponto não é pra qualquer mané que começa a treinar um mês antes. Com bastante gente correndo em volta, inclusive um tiozinho corcunda com seus belos 60 anos nas costas, subi a dita cuja andando mesmo, até avistar o Km 14 e sair trotando pra depois correr na virada pra Paulista, reta final da prova.



Sai pra lá 13...Que venha o 14 logo!!


Cruzei então a linha de chegada em 2 horas exatamente, contadas no  meu relógio. Foi o que estimei fazer, mais ou menos. O importante mesmo era chegar. Colocação nenhuma me importava pois sinceramente não dava pra fazer um tempo melhor que esse. Não dessa vez.



Alê nos buscou e nos enquadrou, bem fedorentos, nesse retrato

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

Os quenianos que se cuidem!


E aqui a prova cabal com minha chegada triunfal, comemorando, logo atrás do Meu Malvado Favorito e dos Minions... (camiseta verde-limão e boné branco pra trás)

VÍDEO




Horas mais tarde, no Reveillon...


Mas meu maior troféu mesmo...
...é esse!




E finalmente, o resultado do Bolão:





E o vencedor, sem qualquer marmelada, que vai levar uma bolada pra ajudar a começar bem 2014 é...

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.




... Eike Batista!!






Brincadeirinha...rsrs. Na verdade é esse menino bonito aqui embaixo:






















Agora vou tomar todas!!


...meu irmão HELDER JR.!!

(Parabéns, brother...combinamos direitinho)