"Desde o passado, os jogadores brasileiros usam a esperteza, as simulações e as violações das regras e da ética para levar vantagem. O mesmo ocorre em outras atividades humanas. O jogador poderia argumentar que, no instante do lance, na emoção do jogo, na busca do sucesso, ele, sem pensar e sem racionalizar, age mais por impulsos e por desejos diabólicos, presentes nas profundezas da alma. Nada disso justifica ele não ser punido. Somos todos responsáveis por nossos atos."
Tostão
Penso que na grande maioria de situações que essa vida nos propõe, existem 2 caminhos a serem seguidos: o CERTO e o ERRADO.
É isso que pretendo ensinar aos meus filhos e foi o CERTO que meu pai nos ensinou.
Chegando ao final do livro do Tostão (Tempos Vividos, Sonhados e Perdidos - Um Olhar Sobre o Futebol), me deparei com um trecho que gritou alto na minha orelha por ilustrar, coincidentemente, a maior polêmica do último fim de semana em matéria de bola.
Corinthians e São Paulo, primeiro jogo da semifinal do Paulista de 2017 com Morumbi lotado. Numa dividida de bola entre o goleiro e o zagueiro do São Paulo com o atacante Jô do Corinthians, sobra um pisão na perna do goleiro, que fica caído no chão se contorcendo de dor.
Jogo paralisado e o juizão tasca um cartão amarelo pro Jô, que diz que não fez nada na jogada. Então o inesperado acontece: Rodrigo Caio admite pro juiz que foi ele quem pisou acidentalmente no goleiro, fazendo com que o cartão amarelo, que tiraria o atacante do próximo jogo decisivo, fosse anulado.
Rodrigo Caio após o jogo: "Naquele momento, eu pisei no Renan e eu falei...só isso! Não fiz nada demais."
Pouco sutil e nada feliz com a atitude do companheiro de equipe, Maicon dispara: "Eu prefiro a mãe dos meus adversários chorando do que a minha em casa"
Em tempos de Lava Jato, com tantas e tantas mães de gente desonesta chorando no país inteiro, a mãe do Rodrigo Caio também chora...de orgulho!
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